Cáceres: a Avenida Sete de Setembro e a explosão do arroz
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A antiga Rua Sete de Setembro em Cáceres-MT Em primeiro plano: parte do Cemitério São João Batista |
Aquelas lindas pilhas de arroz que Cáceres já teve, me fizeram lembrar uma história que meus pais me contaram. Ele se casaram em 1969 e bem no dia do casamento eles arranjaram uma carona em um caminhão carregado de arroz que tinha como destino a cidade de Cáceres. Cirilo e Tereza tiveram lugar melhor, foram na "gabina" e o arroz tava na carroceria junto com muitos matutos que comiam poeira da estrada. Todos aproveitando a "bênça da bêra". Meus país "apiaram" em Rosário D'Oeste, porque o cartório era lá. A carga de arroz que o motorista comprou dos lavradores na Gleba São Jorge, chegou em Cáceres e viajou de barco nas águas do Rio Paraguai com destino a São Paulo.
Casados, meus pais voltaram para a Gleba e a vida continuou seu curso normal.
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Caminhão FNM trucado (naquela época falava-se "Fenemê") Imagem ilustrativa |
Dizem que naquela época muito daquele arroz se estragou nas margens do Rio Paraguai. Acredito que foi por falta de uma gestão eficaz e por conta da lentidão do transporte fluvial.
Hoje grande parte do arroz que comemos vem do sul do país e um pacote de 5 Kg custa 2% de um salário mínimo.
Não dá para ignorar esse passado de abundância.
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