MUDANÇA DO NOME DE CÁCERES
Em
tribuna livre da audiência da Câmara Municipal de Cáceres, realizada no dia 23
de setembro de 2013, o pastor Izaque Alves Barbosa apresentou um artigo de sua
autoria sobre vários aspectos relacionados à mudança do nome da cidade. Este
momento, segundo ele, é muito importante para a história do município, pois a
mudança do nome de Cáceres se tornou pública por meio da aprovação dos
vereadores no dia 2 de setembro de 2013 ao Projeto de Lei de autoria do
Presidente da Câmara – Vereador Alvasir Alencar.
À
luz dos temas sociais que envolvem a mudança do nome de Cáceres, o autor pediu,
em nome da população evangélica cacerense uma reconsideração sobre o tema. Como
embasamento do pedido, foram apresentados os aspectos que enfocam a história,
cultura, população, linguística e economia relacionados à questão.
Para
fins de estudo, o autor traçou o três períodos da história da denominação de
Cáceres, sendo o primeiro que durou 96 anos – de 1778 a 1874; o segundo período
durou 64 anos – de 1874 a 1938 e o último período que conta 75 anos – é de 1938
a atualidade. O primeiro nome de Cáceres foi Vila-Maria do Paraguai, o segundo:
São Luiz de Cáceres e o terceiro Cáceres. Isto levou o autor a concluir que:
durante 171 anos de sua história, a cidade homenageou as autoridades que
fizeram história no estado, no país e em Portugal.
“O
nome de Cáceres é uma propriedade de todos os residentes no município”,
destacou. “Isto porque, o significado do nome vai além da mente do cacerense
tornando-se noção de identidade e sentimento de pertencimento. É uma
apropriação e uma internalização de todos nós”.
Em
seu estudo o pastor destacou dados da população religiosa de Cáceres. Segundo os
dados do Senso Demográfico do IBGE 2010, o número dos que se declararam
pertencer a uma religião em Cáceres é de 84.574 pessoas, ou seja, 96,17% da
população total - 87.942 pessoas. Em estudo feito pelo pastor, os evangélicos
são 27,2% do total da população religiosa cacerense em 2013. Sobre este ponto
concluiu: “A mudança do nome de Cáceres afetará a nossa consciência e liberdade
religiosa garantida pelo estado laico, pois veneramos a um só Senhor – Jesus
Cristo. E a Bíblia Sagrada diz: Bem aventurada a nação cujo Deus é o Senhor”.
A
economia foi um dos pontos ressaltados pelo autor. Segundo ele, um plebiscito
para decidir sobre a mudança do nome de Cáceres custará o valor de R$186.303,40,
sem se acrescentar os gastos com publicidade para a conscientização da
população e a segurança do pleito.
Outro
ponto apresentado foi a mudança das tarjetas das placas dos veículos. Em seus
cálculos ele apontou que este procedimento custará a ordem de R$ 2.572.570,00
aos proprietários de veículos. Quem pagará a conta? - indagou.
“Em
1938, quando o nome de São Luiz de Cáceres foi mudado para Cáceres, a população
cacerense era abaixo de 20.000e naquela época já existiam confusões com o nome
da cidade de São Luiz do Maranhão. Estava-se naquela época na era moderna, hoje
Cáceres com quase 90.000 habitantes está na era pós-moderna”. É preciso
ressaltar que vivemos na era da Tecnologia da Informação. Existe um mundo
virtual com uma realidade virtual.
“Cáceres
não é só de Cáceres. O nome de Cáceres não pertence só a nós. O nome de Cáceres
é de todo o mundo!
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